
Responsável por oferecer jogos de mundo aberto com tamanho generoso, como Assassin’s Creed Valhalla e The Crew 2, entre diversos outros, a Ubisoft reconhece que um tamanho grande nem sempre resulta em um game melhor. Em uma entrevista concedida com site Games Industry, a empresa afirmou que sua nova tecnologia Scalar não deve ser usada por todos os seus projetos futuros.
Segundo Patrick Bach, líder do time responsável por desenvolver a solução na Ubisoft Stockholm, não é exatamente necessário que jogos se tornem ainda maiores do que os atuais. “Mas alguns jogos vão se beneficiar por serem capazes de tornar maiores? Claro. Depende daquele jogo, e do objetivo dele e de seus criadores”, explicou.
Apresentada durante a GDC 2022, a Scalar usa a nuvem como forma de permitir a criação de mundos vastos e constantemente atualizados, que não são limitados pelos hardwares atuais. Segundo a empresa francesa, a tecnologia muda a mentalidade por trás da construção de games, permitindo que eles atinjam potenciais nunca vistos até hoje.
Maior não significa melhor ou pior
Segundo Bach, a nova solução desenvolvida pela Ubisoft não carrega a crença de que “mais é melhor”. “Isso é tecnologia, e ela não dita quais games você constrói, mas há games que definitivamente vão se beneficiar de ser maiores, mais detalhados e capazes de escalar e serem ainda melhores do que são hoje”, defende.
“Eu não acho que há uma conexão real entre jogos serem maiores e serem melhores ou piores. Depende dos criadores e da forma como eles gastam sua energia atingindo essa visão”, continua Bach. Segundo ele, no momento a empresa ainda não pode mostrar o potencial oferecido pela Scalar, mas acredita que ela vai ser parte importante do futuro.
Bach também explica que a tecnologia não se trata de uma engine como a Unreal 5, tampouco algo que a desenvolvedora queira licencia para outros estúdios. “Não estamos tentando vender algo, só estamos falando sobre o que queremos fazer. A Ubisoft não quer que companhias comprem essa tecnologia, só estamos dando dicas do que o futuro pode ser”, afirmou.